ESPINGARDA COM 2 CANOS

SÓ PRA COMPLETAR O REFRÃO

Tchê tcherere tchê tchê; tchá tchá tchá; Bara bara bará bere bere bere
berê; É nóis fazer parapapá; Lê lê lê; Eu quero tchu, eu quero tcha?
Eu não aguentava mais ouvir tanta onomatopéia! Quanta falta de assunto.
Eu jamais sairia cantarolando essas pérolas, pra não me sentir um
neandertal no período paleolítico aprendendo a balbuciar.
Aposto que esses grandes poetas nem sabem o que são onomatopeias, bem,
aí eu já estou querendo demais dos sertanejos intruídos. Pois é, até a
cafonice foi diplomada, ainda bem que não inventaram ainda o sertanejo
universitário pós graduado!
Eles parecem ter saído da mesma indústria de sucessos, fabricados em
série, que suas onomatopeias, para serem despachados em embalagens bem
fofas, e assim dominar as rádios, programas de TV, casas de show,
sempre com tietes histéricas e seu abestado público VIP.
Ah, e tem os rodeios, que além das músicas insuportáveis, ainda tem o
requinte de crueldade com os testículos dos touros.
Em fim, o universo agroboy estará na mira desse quadro semanário, que
batizei de, "Espingarda com 2 Canos", em homenagem à anedota que ouvi
há anos, de que a arma tem dois canos justamente por ter sido pensada
nas duplas como alvo.
Todas as terças estarei defenestrando os sertanejos com diploma
superior. Acompanhem, sigam, compartilhem!